domingo, 22 de janeiro de 2012

Parque do Pedroso - Santo André-SP

PARQUE NATURAL MUNICIPAL DO PEDROSO – Santo André - SP


Açoes dos Prefeitos Dr. Newton da Costa Brandão, Eng. Antonio Pezzolo, Dr. Lincoln dos Santos Grillo e do Eng. Celso Augusto Daniel e com muita dedicação também de Secretários Técnicos  permitiram que tivéssemos uma dádiva em nosso Município que é a de possuir mais de 8,0 milhões de metros quadrados de área de um parque, desde a sua concepção, projetos, desapropriações e implantações de equipamentos urbanos e legislação pertinente entre os anos 1970 e 2008


De forma legal foi instituído pela Lei Municipal de n.º 7.733/98 como Unidade de Conservação e Proteção Integral, na gestão do então Prefeito Celso Daniel. Está também catalogada no Sistema Nacional de Conservação.

Foi também instituída na categoria de Parque Natural pela Lei Federal 9.9985/00 (SNUC).

Possui uma área de 8,12 milhões de metros quadrados com fragmentos da Mata Atlântica e inserida na categoria de Floresta Ombrófila Densa Montana e de sua área e das nascentes são retiradas 10% da água utilizada no abastecimento da cidade.
Em abril de 2009 foi reaberto a visitação pública após a conclusão das obras de recuperação de equipamentos, contratadas na gestão do então Prefeito João Avamileno em 2008.
Conta hoje com segurança, ampla área arborizada, vegetação nativa, playground, campos de futebol, quadras de esportes, quiosques, churrasqueiras, alamedas para caminhadas, ciclovia, estação para ginástica e sanitários. Fica aberto ao público todos os dias das 06:00 as 17:00 horas.
Uma das atrações é a Capela do Parque Regional do Pedroso que foi recostruída mantendo sua preservação ao ser retirada do início da Av. D. Pedro I, na Vila Luzita por ocasião das obras viárias na ligação para Mauá, isso na gestão do então Prefeito Eng. Antonio Pezzolo.



É um parque muito importante para a Região Metropolitana de São Paulo, em especial para o ABCDMRPRGS e por isso mesmo necessita de ações municipais e estaduais.
Há na região bairros que lá se desenvolveram como o Parque Miami, Jardim Riviera e o Recreio da Borda do Campo e isso impõe ao poder público maiores atenções a região de forma permanente.
A atual administração municipal perdeu uma grande oportunidade de conseguir significativos investimentos na preservação do parque por ocasião da construção do Rodoanel (trecho final sul). Entendo que isso ainda deva ser feito, pois podemos utilizar os próprios argumentos do Ministério Público Estadual nas recentes discussões com o município de São Bernardo do campo no fechamento da Estrada do Montanhão.

Em nossas propostas estão entre as principais:

             Reativação do teleférico que foi construído na gestão do ex Prefeito Lincoln Grillo, com investimentos de 7,0 milhões de reais através de PPPs e ds outorgas onerosas concedidas pela Prefeitura;


·        
Re
•             Reativação da pista de kart também construída na gestão do ex Prefeito Lincoln Grillo com apoio da FASP – Federação de Automobilismo de São Paulo e apoio da Associação Paulista de Kart Amador;
•             Criação de um Horto Florestal com a participação de entidades como a União dos Escoteiros do Brasil – Região são Paulo, que tem mais de 100 anos de existência e precisam de apoio e áreas para a prática do escotismo tão saudável as crianças e aos jovens;
•             Integração das escolas municipais e estaduais, com convite as particulares para adesão, com o Parque para maior divulgação e ações de preservação com o meio ambiente;
•             Inclusão do Curso de Engenharia Ambiental e Tecnologia da Gestão Ambiental da Fundação Santo André no sistema de preservação do Parque e acompanhamento das ações públicas para tanto;
•             Acompanhamento permanente em conjunto com o Ministério Público Estadual de ações de controle de remoção de construções irregulares e assistência as já existentes que estão sendo toleradas por conta de legislação;
•             Adaptação de um local para apresentação de shows populares com ações de divulgação de preservação do meio ambiente com distribuição de mudas de árvores nativas para incentivar a recuperação do que foi degradado ao longo dos anos;
•             Instituição de programas de visitação de idosos e deficientes dando ao local acessibilidade, pelo menos de algumas áreas como é feito na América do Norte e Europa em todos os parques públicos;
•             Recuperação do sistema viário local e definição do perímetro da área do parque para preservação do mesmo e facilidade na fiscalização;
•             Criação de campo de golfe com a participação da FPG – Federação paulista de Golfe e a APG – Associação Paulista de Golfe.

Poucas regiões do Estado de São Paulo possuem uma área como o nosso Parque Municipal Natural do Pedroso e por isso mesmo deve ser, incluídas metas de preservação e divulgação do parque, principalmente, aos nossos jovens e as crianças.

At. Eng. Edgard Brandão Jr.
Ex Secretário de Habitação de Santo André.
Conselheiro Nato da Assoc. dos Engs. E Arqs. de S. André

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Enchentes: procurar soluções ao invés de culpados...

Como minimizar os problemas com enchentes na Região do ABC, em especial em Santo André-SP.

O desenvolvimento das cidades sempre ocorreu em função da existência de rios e córregos. Com Santo André isso não foi diferente. 
Não devemos esquecer que o Rio Tamanduateí é o principal afluente do Rio Tietê que por sua vez é considerado como o principal afluente do Rio Paraná.
A topografia da nossa região é constituída por muitas declividades em sua topografia visto que estamos na parte alta da Serra do Mar e com grande quantidade de nascentes.
Isso acabou por propiciar a existência de muitos córregos e ribeirões que fazem parte também da bacia hidrográfica do Rio Tamanduateí como veremos a seguir em seus 43 afluentes:



Rio Tamanduateí e seus Afluentes (sendo 18 em Mauá, 17 em S. André, 4 em S. Paulo, 2 em S. B, do Campo e 2 em S. C. do Sul). 


TEM UMA BACIA DE 320 KM² DE CONTRIBUIÇÃO.



-Água Grande, córrego - Nasce no bairro Camilópolis e deságua no córrego Jundiai, que deságua do Tamanduateí, em Santo André.
-André Ramalho, córrego - Nasce no bairro Curuçá e deságua no Tamanduateí, em Santo André.
-Anhangabaú, córrego - Nasce no centro de São Paulo, na região de Cerqueira César, nas proximidades da Av. Paulista, corre canalizado sob a Av. 9 de Julho e o vale do mesmo nome e deságua no Tamanduateí, próximo à Av. Cruzeiro do Sul, em São Paulo.
-Apiai, córrego - Nasce no Jardim do Estádio, em Santo André.
-Bahamas, córrego - Nasce no Jardim das Maravilhas, em Santo André e deságua no ribeirão Oratório, que deságua no Tamanduateí.
-Barracão de Cedro, córrego - Nasce no Jardim Ipê, em Mauá e deságua no Tamanduatei.
-Beraldo, córrego do - Nasce no bairro Campestre, em Santo André e deságua no Tamanduateí.
-Bocaina, córrego da - Nasce no jardim Itapark, em Mauá e deságua no Tamanduateí.
-Boqueirão, córrego - Nasce na vila Moraes, em São Paulo, deságua no córrego Moinho Velho que percorre o canteiro central da Av. das Juntas Provisórias, no Ipiranga e deságua no Tamanduateí.
-Capitão João, córrego - Nasce no Jardim Pilar, em Mauá e deságua no Tamanduatei.
-Carapetuba, córrego - Nasce na vila Assunção, dentro do Parque Central, em Santo André e deságua no Tamanduateí.
-Cassaqüera, córrego - Nasce no condomínio Maracanã, em Santo André e deságua no Tamanduateí.
-Cemitério, córrego do - Nasce na vila Valparaiso, atravessa o Paço Municipal de Santo André e deságua no Tamanduateí.
-Comprido, córrego - Nasce no alto da vila Curuçá, em Santo André e deságua no Tamanduateí.
-Corumbé, córrego - Nasce na vila Nova Mauá, em Mauá e deságua no Tamanduateí.
-Divisa, córrego da - Nasce na vila Pinheirinho, em Santo André, corre entubado, paralelo à avenida Pereira Barreto, passa sob o supermercado BIG e Shopping ABC, deságua no córrego Carapetuba, que deságua no Tamanduateí.
-Feital, córrego - Nasce na vila Lisboa, em Mauá, deságua no córrego Todos os Santos, que deságua no Tamanduateí.
-Guaixaya, córrego - Nasce no Parque Capuava, em Santo André, próximo ao Pólo Petroquímico, corre canalizado até a Cooperhodia, sob a avenida das Nações e a partir daí corre canalizado à céu aberto, desaguando no ribeirão Oratório, que deságua no Tamanduateí.
-Guarará, córrego - Nasce na vila Suíça, em Santo André e percorre canalizado à céu aberto a Av. Guarará, passa ao lado do Estádio Bruno José Daniel, cruza canalizado sob a Av. Santos Dumont, passa canalizado à céu aberto entre a Firestone e o Carrefour e deságua no Tamanduateí. Durante vários anos abasteceu de água a piscina natural que havia no Clube Aramaçan.
-Ipiranga, riacho do - Nasce no bairro da Água Funda, em São Paulo, dentro do Parque do Estado, ao lado da rodovia dos Imigrantes e do Jardim Zoológico, percorre canalizado à céu aberto a Av. Ricardo Jafet, atravessa em frente ao Museu do Ipiranga, desaguando no Tamanduateí.
-Itrapoá, ou Trapoá, córrego - Nasce na cidade São Jorge, em Santo André, faz divisa com Mauá, deságua no córrego Cassaquera, que deságua.
-João Ramalho, córrego - Nasce no Parque João Ramalho, em Santo André, corre canalizado sob a avenida do mesmo nome, desaguando no Tamanduateí.
-Jundiaí, córrego - Nasce no Parque das Nações, em Santo André, corre canalizado a céu aberto pelo bairro Bangú, desaguando no Tamanduateí.
-Laranjeira, córrego - Nasce em Sertãozinho, Mauá, deságua no ribeirão Pedra Branca, que deságua no córrego Taboão que deságua no Tamanduateí.
-Lavapés, córrego - Nasce no Parque das Nações, em Santo André, deságua no ribeirão Oratório, que deságua no Tamanduateí.
-Maria Quitéria, córrego - Nasce bairro Camilópolis, em Santo André, deságua no ribeirão Oratório, que deságua no Tamanduateí.
-Meio, córrego do - Nasce no Parque Oratório em Santo André, deságua no ribeirão Oratório, que deságua no Tamanduateí.
-Meninos, ribeirão dos - Nasce no Parque Terra Nova II, atrás da montadora Volkswagen, em São Bernardo do Campo, corre canalizado sob o corredor do trólebus, todo o centro da cidade e a céu aberto a partir do Paço Municipal, fazendo divisa entre São Bernardo e Santo André; São Bernardo e São Caetano; São Caetano e São Paulo, desaguando no Tamanduateí, no bairro da Fundação, em São Caetano.
-Moinho, córrego do - Nasce no bairro Olímpico, em São Caetano do Sul (Conhecido no passado como córrego da Ressaca), corre canalizado sob a Av. Keneddy e deságua no Tamanduateí.
-Moinho Velho, córrego do - Nasce no bairro do Moinho Velho, em São Paulo, corre canalizado a céu aberto no eixo da Av. das Juntas Provisórias, no bairro do Ipiranga, desaguando no Tamanduateí.
-Moóca, ribeirão da - Nasce na vila União, ao lado da Av. Sapopemba, na São Paulo, percorre canalizado todo canteiro central da Av. Prof. Luis Inácio de Anhaia Melo, desaguando no Tamanduateí, próximo a favela de vila Prudente.
-Nova Zelândia, córrego - Nasce no Parque Capuava, em Santo André, deságua no ribeirão Oratório, que deságua no Tamanduateí.
-Oratório, ribeirão - Nasce na vila Nova Mauá, em Mauá, faz divisa entre São Paulo e Mauá; e São Paulo e Santo André, desaguando no Tamanduatei.
-Pedra Branca I, ribeirão - Nasce próximo à Av. Papa João XXIII, em Mauá, deságua no córrego Taboão, que deságua no Tamanduateí.
-Pedra Branca II, córrego - Nasce no Jardim Primavera, em Mauá, deságua no córrego Taboão, que deságua no Tamanduateí.
-Pedreira, córrego - Nasce no Jardim Itaveva, em Mauá e deságua no Tamanduateí.
-Pinheirinho, córrego - Nasce no Jardim Aclimação, ao lado da Av. São Bernardo, em Santo André, deságua no córrego Guarará, que deságua no Tamanduateí.
-Serraria, córrego - Nasce na vila Carlina, em Mauá, deságua no córrego Taboão, que deságua no Tamanduateí.
-Sorocaba, córrego - Nasce no Parque João Ramalho, em Santo André e deságua no Tamanduateí.
-Staquim, córrego - Nasce no Jardim Ipê, em Mauá, deságua no córrego Corumbé, que deságua no Tamanduateí.
-Taboão, córrego - Nasce no Jardim Primavera, em Mauá e deságua no Tamanduateí.
-Taubaté, córrego - Nasce na vila Metalúrgica, em Santo André, deságua no ribeirão Oratório, que deságua no Tamanduateí.
-Todos os Santos, córrego - Nasce no Jardim Bandeirantes, em Mauá e deságua no Tamanduateí.
Obs: A maioria desses córregos encontra-se total ou parcialmente canalizados e transformados em canais coletores de esgoto.

A implantação do nosso sistema de transportes foi sempre desenvolvida ao longo de rios e córregos criando vias marginais o que acontece em todo o mundo.
A implantação da Estrada de Ferro Santos Jundiaí acabou acompanhando o alinhamento do Rio Tamanduateí desde São Paulo até Mauá seguindo em direção ao alto da Serra via Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra e Paranapiacaba.
Essa implantação ocorreu entre 1859 / 1867 entre projeto e construção.


Estrada de Ferro Santos-São Paulo, 1870 (foto: Marc Ferrez). 
A "São Paulo Railway" foi aberta ao tráfego a 16 de fevereiro de 1867.

O nível de sua implantação acabou por ser um limitador para execução de canalizações e galerias ao longo da cidade pois todos córregos tem que obrigatoriamente, sem bombeamento passar sob os trilhos da ferrovia.

Chuvas intensas com o Rio Tamanduateí chegando quase a sua cota máxima de cheia há retorno das galerias e canalizações existentes sob a estrada de ferro.

Uma das situações mais críticas é em relação ao Córrego Carapetuba que hoje recebe as contribuições de águas de chuva de muitos bairros ao redor de suas margens.

Veja um informe dos anos 1940: Não havia, em Santo André, nem a Avenida Ramiro Colleoni nem a Rua Álvares de Azevedo neste trecho. Pelos fundos do vale onde estão hoje essas vias podia ser visto o Córrego Carapetuba, que nasce pelos lados do bairro Paraíso e deságua no Tamanduateí. 

A canalização de córregos, principalmente quando efetuados em galerias aumenta muito a velocidade e dificuldade de limpeza. Esse é um dos problemas ao longo da Rua Alvares de Azevedo, chegando a passar sob prédios, literalmente construídos sobre ele.
Os paliativos que foram executados em 1998 ao longo da Rua Monte Casseros e parte da Rua Bernardino de Campos minimizaram muito pouco o problema, pois não foi possível resolver a passagem sob a estrada de ferro.


Isso acaba por causar na região dessas ruas e próximo da Estação Santo André sistemáticas situações como a de hoje.
Podemos pensar em soluções a médio prazo partindo do principal local que tem que ter intervenções, o Rio Tamanduateí.

Na foto, embora reduzida (pode ser melhor verificada no google) percebe-se a largura do Rio Tamanduateí e da turbulência das águas próximo ao pontilhão da rotatória na altura da Rua Antonio Cardoso.

Há necessidade urgente de aumentarmos a sua vazão e tentar baixar fundo do rio e aumentarmos a sua calha  executando as contenções laterais e, também aumentarmos as passagens sob os pontilhões existentes que inclusive necessitam de intervenção urgente por causa de suas abaladas fundações.
A execução do Projeto Aquapolo poderia ter sido feita com parte das obras necessárias, minimizando os custos para o Município.
Pela importância da Av. dos Estados e do rio Tamanduateí o Governo do Estado tem obrigação de participar efetivamente desse projeto.

Proposta que pode ser ampliada, mas de extrema necessidade, tanto para o sistema de dreenagem como para o nosso sistema viário. Em ambos os casos é a principal intervenção na cidade.
Poderíamos, de uma forma mais audaciosa pensar em aumentar a calha nas laterais sob o próprio leito da Avenida criando um reservatório auxiliar de retenção de águas (denominado piscinão) com uma capacidade muito acima do necessário para minimizar bastante as enchentes no Vale do Tamanduateí e seus afluentes.

Paralelamente a essas intervenções que deveriam seguir depois o exemplo na direção da foz para a nascente de cada córrego e também priorizando sua importância com a participação dos municípios vizinhos como o caso do Córrego dos Meninos (São Bernardo do Campo) e do Córrego Oratório (São Paulo).
"VER NOTÍCIA ABAIXO DE JUNHO DE 2009:

Córrego Oratório será canalizado
Isis Mastromano Correia  *   Diário do Grande ABC  *  22/06/ 2009
O maior córrego da região, responsável por boa parte das enchentes que assolam Santo André, São Caetano e Mauá, será canalizado. O Córrego Oratório, de 25 quilômetros de extensão, passará por obras de drenagem a partir de novembro.
Perfil - O Córrego Oratório é um dos inúmeros afluentes do Rio Tamanduateí. As inundações provocadas pelo curso d'água deram margem à construção de dois piscinões na região e na Capital para conter a vazão nos últimos dez anos. Além dos três municípios do Grande ABC, o rio passa ainda por parte do município de São Paulo.
Um dos piscinões leva o nome do córrego, Oratório, e fica na divisa entre Santo André e São Paulo. O outro reservatório voltado ao córrego, o AO-1, fica no Jardim Sônia Maria, em Mauá."


Essas situações são de médio e longo prazo, mas não podemos deixar de fazer a obrigação diária que deve ser praticada pelos moradores de qualquer cidade e pelo poder público municipal, que pode também ajudar a minimizar os problemas que são obrigações que devem ser efetuadas nos 365 dias de cada ano e em alguns deles 366 dias como o ano atual e entre essas obrigações estão:


* não jogar lixo, entulho, podas de árvores,  móveis velhos e inservíveis de uma forma geral em terrenos baldios, calçadas, praças e vias públicas;
* acondicionar os lixos em recipientes próprios e bem fechados observando a possibilidade de ocorrência de chuvas fortes quando for colocar ao longo das vias públicas e, se possível em suportes metálicos elevados;
* fazer a limpeza das calçadas de forma sistemática varrendo e não jogando detritos nas bocas-d-e lobo, grelhas e galerias que podem ser melhor elaboradas como acontece em Belo Horizionte-MG;




* ao poder público compete executar a fiscalização, coleta e destino final do lixo e detritos, mas principalmente, pela orientação sistemática aos moradores e usuários dos bens particulares e públicos, acentuando sobremaneira esses serviços na época de chuvas fortes, perfeitamente, previsíveis nos dias atuais;
* proceder a limpeza constante de todo sistema de galerias, canalizações e desassoreamento de córregos e reservatórios de retenção de excesso de águas pluviais (piscinões) em perfeita consonância com o Governo do Estado através de suas Secretarias, autarquias e Empresas Públicas;


Essa situação e outras poderiam evitar, ou pelo menos como enfatizado neste artigo minimizar os efeitos após as chuvas quando lixos ensacados impedem a saída das águas de chuvas (enchentes) por meio do sistema de drenagem pois isso entope todo o sistema desenvolvido, como o acontecido no Bairro de Utinga hoje a tarde (foto abaixo).




Essas são algumas considerações que preferimos fazer ao invés de atacar administrações, tanto a atual como as passadas.


Atenciosamente.


Edgard Brandão Jr
Engenheiro Civil Emérito do ABC - 2008
Entidades Tecnológicas de Engenharia e Arquitetura do ABC

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Projeto Aquapolo X Santo André-SP

Compensação ambiental:
Como deveria ter ficado a nossa Av. dos Estados uma das vias mais importantes da Região do ABC:

No desenho acima de forma esquemática foram considerados 2,50 m de passeio em ambos os lados, 1,50 m de calçada entre a pista e a "canalização", 14,00 m de pista de rolamento (4 faixas de 3,50 m cada) e uma calha de 24,00 m para o Rio Tamanduateí.

A atual administração de Santo André perdeu uma grande oportunidade de conseguir junto ao Governo do Estado do de São Paulo com a participação da SABESP e DAEEE na recuperação da Av. dos Estados e do Rio Tamanduateí.

Não é um projeto de difícil implantação. Grande parte poderia ter sido executada pelas "compensações ambientais" do Projeto Aquapolo  com a participação da SPE Foz do Brasil / SABESP, DAEE, Secretaria de Transportes Metropolitanos, Petrobras, Ministério dos Transportes, SEMASA e Prefeitura de Santo André e, em especial, órgãos de meio ambiente municipal, estadual e federal. Uma participação do BNDES e até de recursos do exterior não poderiam ter sido descartados. A nossa Santo André merecia isso".

O projeto Aquapolo de repercussão mundial é muto importante para a Região do ABC.
Inicialmente irá beneficiar as Empresas do Polo Petroquímico de Capuava (Santo André e Mauá) com fornecimento de 1, 684 bilhão de m³ de água de reuso por ano.
Para se ter uma ideia, esse é o consumo domiciliar de uma cidade como a de Santos-SP anualmente.
A previsão de investimentos do projeto é da ordem de 130 milhões de reais e em nosso município serão instalados mais de 8,0 km de tubulações para utilização da água de reuso da Estação de Tratamento ETE-ABC, que fica situada no município de São Paulo ao lado do Ribeirão dos Meninos e divisa do município de São Caetano do Sul.

As empresas do Polo Petroquímico que inicialmente irão se beneficiar dessa utilização são:  PQU, Cabot, Oxicap, Oxiteno, Politileno União, Nova Petroquímica e Unipar Divisão Química.


O Projeto Aquapolo tem com principal objetivo levar água de reuso tratada nessa e em outras ETAs para empresas de uma forma geral.
No caso do nosso Estado foi criada através de uma SPE - Sociedade de Propósito Específico  denominado Aquapolo Ambiental, para utilização de 1.000 lts por segundo.
Nessa SPE a "Foz do Brasil" tem 51% do capital e a SABESP 49%. Para esse projeto do Polo Petroquímico de Capuava há uma parceria da "Foz do Brasil", Brasken e Odebrecht Infraestrutura que faz parte do Grupo Norberto Odebrecht.
Participam do projeto três empresas da Organização Odebrecht: a Quattor, controlada pela Braskem; a Foz do Brasil, que atua no setor de engenharia ambiental; e a Odebrecht Infraestrutura, responsável pela execução da obra.

Existem outros casos no país com o mesmo propósito envolvendo o Estado do Rio de Janeiro com sua Empresa de Saneamento CEDAE e a Petrobras e também um em menor escala em Minas Gerais com a participação da Copasa-MG.
Você poderá verificar mais detalhes no link abaixo cuja reportagem de 21,0 min está sendo largamente noticiada na imprensa com o título: "maior projeto de reuso de água do mundo", da Globo News em Cidades e Soluções. Merece ser visto.
http://g1.globo.com/platb/globo-news-cidades-e-solucoes/category/saneamento/

Edgard Brandão Jr.
Engenheiro Civil
Consultor em Administração Pública
facebook: Edgard Brandão Jr
twwitter:   @edgardbrandao

INDIGNAÇÃO...

A omissão de dois governos do Estado de São Paulo e da Prefeitura de Santo André.

Deveria ser chamada do "desenvolvimento insuportável e não sustentável"!

Obra do sistema Aquapolo do Governo do Estado de São Paulo / Sabesp no município de Santo André-SP.

Completei neste final de ano 41 anos de formação em engenharia civil. Nesse período todo procurei me especializar em administração pública após cursar também Administração de Empresas e uma Pós-graduação em Administração Pública. Completei essa formação com inúmeros cursos complementares, sempre voltados para a administração pública.
Atendendo a sugestão de técnicos da Prefeitura de Santo André, moradores da cidade, familiares e após várias matérias jornalísticas em jornais da região fui conferir a situação da Av. dos Estados e do Rio Tamanduateí no trecho do nosso município.
Deparei com situações lamentáveis como:



A obra já anteriormente citada como Sistema Aquapolo pode ser considerada de grande importância para o meio ambiente, pois permitirá a utilização de águas tratadas em usina de tratamento de esgotos como água de reuso. 
Você pode obter mais detalhes no link abaixo.
O Cidades e Soluções, programa semanal da GloboNews, mostrou nesta quarta-feira (6) a importância da água de reúso para o desenvolvimento do país, destacando o Aquapolo, liderado pela Foz do Brasil, e o Comperj.
A relação custo benefício é clara. O esgoto tratado, chamado de água de reúso, pode ser utilizado para ações simples como serviços de limpeza ou rega de jardins e também para complexos processos indústrias. Vantagem para o meio ambiente, com o reuso muita água potável deixa de ser utilizada e fica disponível para a população.
São Paulo e Rio de Janeiro ainda não resolveram totalmente o passivo ambiental causado pela falta de saneamento básico nas regiões mais densamente povoadas do Brasil, mas dá exemplo importante para o país, quando o assunto é o aproveitamento inteligente do esgoto tratado.

Nos documentários custeados através de anúncios institucionais a Presidente da Sabesp do Governo de São Paulo Dilma Pena destaca a importância do Projeto Aquapolo que, lamentavelmente, se utiliza de um símbolo cujo desenho nada mais é que uma propaganda subliminar (desenho de uma pena) como você pode conferir na foto abaixo.



A estação de tratamento de esgoto existente na cidade de São Paulo, logo após a divisa com a cidade de São Caetano do Sul já tem mais de 30 anos de existência.
Utilizá-la adequadamente amortizando seus investimentos é bastante louvável, pois a subutilização da usina nesses anos todos sempre foi questionada por seus altos investimentos.
O Projeto Aquapolo é denominado na imprensa como o maior projeto de esgoto tratado no mundo. No nosso caso está sendo construída uma adutora que levará água de reuso da estação de tratamento ao Polo Petroquímico na nossa cidade e Mauá.
A Aquapolo Ambiental S.A. é uma SPE (Sociedade de Propósito Específico) criada pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) e pela Foz do Brasil – empresa de engenharia ambiental da Organização Odebrecht.

Agora vamos aos problemas:
A obra demorou muito mais tempo que o informado. As compensações ambientais foram ridículas como o próprio Prefeito Aidan Ravin reconheceu quando questionada pela Câmara a nosso pedido.
A empresa foi embora largou muito entulho e restos de materiais, sujeira e até um banheiro químico. 



Executaram em conjunto com a Prefeitura a recuperação do pavimento que já apresentava depressão na pista dois dias após sua execução.



As seções do Rio Tamanduateí foram comprometidas pois a empresa jogou muito entulho e sobra da obra dentro do rio.



Com as chuvas tubos de canalizações, pedras grandes e restos de obras jogados no leito do Tamanduateí podem criar mais problemas de enchentes e danificar todo o sistema de estrutura dos pontilhões já comprometidos.



Os pontilhões da rotatória da Av. dos Estados no cruzamento com a Rua Antonio Cardoso estão comprometidos conforme denúncia do CREA-SP.



Isso tudo nos leva a reflexão que somente um Ministério Público sério poderia impor sanções pesadas aos administradores que trataram desse “acordo”, nas negociações das compensações ambientais e eventuais outorgas onerosas e, principalmente, pela ausência de fiscalização adequada : Governador Geraldo Alckmin, Presidente da SABESP Dilma Pena, Prefeito Aidan Ravin, Secretário da SOSP Alberto Casalinho, Secretário de Finanças Nilson Bonome e Superintendente da SEMASA Angelo Pavin, além dos responsáveis pela Foz do Brasil e Odebrecht que fazem parte desse sistema. Os vereadores da cidade em sua maioria neste caso prevaricaram por completa omissão de deveres e obrigações que é o de fiscalizar ação da administração pública em seu município, no caso Santo André.


Veja reportagem do Diário do Grande ABC de 26 de dezembro de 2011. Poderia ter sido um verdadeiro presente de Papai Noel" para nossa cidade.



Por essas e por outras às vezes dá vontade de “rasgar” o diploma de engenharia e abandonar a carreira de administração pública, mas se eu o fizer restarão poucos que procuram defender o interesse da cidade e o bem estar da população.
Mesmo assim deixo uma proposta mínima do que deveria ser a nossa mais importante via do nosso município. Isso deveria ter sido exigido do Estado que quase nada investe na cidade de Santo André.



At. Edgard Brandão Jr.
Ex Presidente da Assoc. dos Engs. e Arqs. do ABC
Ex Presidente da Assoc. dos Engs. E Arqs. de Santo André
Fundador da Delegacia Refional do Sind. dos Engs. do Est. S. Paulo

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Concessões já... parte 2

Complementando nosso artigo anterior a Folha de São Paulo publica hoje matéria que reforça nossa tese:


A inércia mais uma vez ficou evidente na contratação de obras na Infraero.
Esse é um assunto que se arrasta faz muito tempo.
Excessiva burocracia na Empresa Pública leva a concluir que não há como fugir das concessões dos principais aeroportos do País que necessitam de muitos investimentos, como o Aeroporto Internacional de Campinas-SP - Viracopos. (foto abaixo)



Obras para a Copa só se for para 2074... (1954, 2014... 2074)

Folha de São Paulo, quarta-feira, 04 de janeiro de 2012


Infraero perde R$ 1 bi do orçamento de 2011
Atrasos em projetos, nas obras e nas concessões impedem estatal de investir recursos previstos para reformar aeroportos


Remanejamento de verbas foi publicado no dia 29 para reaproveitar recursos; Galeão (RJ) perdeu R$ 167 milhões
Marcelo Camargo/Folhapress DE BRASÍLIA


A Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) deixou de utilizar, no ano passado, R$ 1 bilhão previsto para construção e reforma em 23 aeroportos, incluindo 11 localizados em cidades-sede do Mundial.
Os aeroportos da Copa deverão receber R$ 6,5 bilhões em investimentos até 2014, mas as obras ainda não tiveram início na metade deles.
No remanejamento de recursos do Orçamento da União feitos no final do ano, foram "cancelados" R$ 981 milhões em investimentos nos aeroportos e R$ 88 milhões em manutenção do programa de segurança de voo e controle do espaço aéreo.
Apenas uma pequena parte dos cortes nas verbas que a Infraero não utilizou foi transferida para outros empreendimentos. A construção do terminal de passageiros 3 de Guarulhos levou R$ 166 milhões. Mas a maior fatia -R$ 178 milhões- foi destinada à manutenção da infraestrutura aeroportuária.
O remanejamento de verbas da Infraero, de outras estatais e de ministérios foi publicado no dia 29 de dezembro do ano passado em edição extra do "Diário Oficial da União". Esses cortes e suplementações são feitos no final do ano para reaproveitar os recursos não utilizados.
Quem mais perdeu foi o Galeão (R$ 167 milhões). Os cortes atingiram a reforma e a ampliação dos terminais 1 e 2 e a recuperação de pistas. Na suplementação, recebeu só R$ 3,7 milhões para a ampliação da pista de pouso e do pátio de aeronaves.
Técnicos do TCU (Tribunal de Contas da União) ouvidos pela Folha disseram que a não execução das verbas previstas no Orçamento se deve a atrasos nas obras programadas. Assim, a ineficiência do gestor em dado período acaba tendo consequências pelos períodos subsequentes.
Esses cancelamentos em larga escala já haviam sido discutidos no relatório de contas do governo de 2010 na função "transporte".
COPA
A preocupação do TCU com os cortes no orçamento da Infraero é que isso venha a impactar as obras para os megaeventos esportivos que o país irá sediar em breve.
O Brasil foi anunciado como país-sede da Copa de 2014 em outubro de 2007, mas muitas obras atrasaram.
A reforma e a ampliação do terminal Sul de passageiros de Brasília se arrasta desde 2007. No primeiro balanço do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), em abril daquele ano, estava prevista a conclusão em agosto de 2010, no valor de R$ 149 milhões.
Mas o TCU apontou falhas no edital e recomendou a paralisação da obra naquele ano. O projeto foi totalmente alterado e a obra teve início em abril do ano passado. Perdeu R$ 115 milhões no remanejamento do final do ano. Tem prazo de conclusão previsto para dezembro de 2013, no valor de R$ 864 milhões.
Pelo planejamento da estatal, a ampliação do sistema de pistas e pátios de Guarulhos estaria concluída em agosto de 2008, como registra o segundo balanço do PAC. Depois, o prazo foi sendo estendido até chegar a outubro de 2013. Iniciada apenas em maio de 2010, a obra tem dois terços realizados