VEJO COM BASTANTE OTIMISMO A REALIZAÇÃO LOGO MAIS DO LEILÃO PARA CONCESSÃO DOS AEROPORTOS DE CUMBICA, VIRACOPOS E BRASÍLIA.
LOGO MAIS IRÁ ACONTECER ESSE LEILÃO NO BM&BOVESPA COM 11 CONSÓRCIOS INTERESSADOS JÁ SE DECLARANDO PARTICIPANTES.
Isso mostra que estava no caminho certo, quando lutei quase que de forma isolada na Infraero com a resistência declarada do Ministro da Defesa Nelson Jobim e do Presidente da Infraero Sérgio Gaudenzi e posteriormente, do Presidente Tnte Brig. do Ar Cleonilson Nicácio Silva e de Diretores da Empresa que eram contrários a esse processo, se baseando em informações de técnicos da empresa que, evidentemente, eram contrários a esse processo.
A Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária - INFRAERO tem técnicos de gabarito, para operação de aeroportos, mas tem uma dificuldade muito grande em conseguir realizar seus investimentos (recursos sempre existem), por conta de uma burocracia inerente aos serviço público e muito mais ainda presente na Empresa por conta de normas internas que prejudicam qualquer processo de licitação no órgão.
As concessões com prazos e valores de lance mínimo diferenciados (Guarulhos 3,4 bilhões de reais para 30 anos, Viracopos 1,5 bilhão de reais para 20 anos e Brasília 0,580 milhões de reais para 25 anos) mostram a importância de dar velocidade aos investimentos.
Importante que há obrigatoriedade dos consórcios participantes terem parceiros estrangeiros, mas com experiência nesse tipo de controle de transporte público, pois isso permitirá que os Consórcios vencedores logo passem a operar esses aeroportos (ou parte deles), pois a Infraero após 6 (seis) meses sai fora do processo.
Não porque falar em privatização visto que a Infraero irá continuar operando e cuidando de 64 outros aeroportos em nosso País.
O crescimento do número de passageiros transportados é alarmante e por isso mesmo acredito que essas concessões já deveriam ter sido feitas desde de 2008.
Aeroporto de Cumbica (Guarulhos) teve um crescimento de 91% em cinco anos passando a operar com 29,9 milhões de passageiros em 2011 contra 15,7 milhões em 2006;
Aeroporto de Viracopos (Campinas) teve um crescimento de 58% em cinco anos passando a operar com 7,5 milhões de passageiros em 2011 contra 2,9 milhões em 2006;
Aeroporto de Brasília teve um crescimento de 58% em cinco anos passando a operar com 15,4 milhões de passageiros em 2011 contra 9,7 milhões em 2006;
Aeroporto de Congonhas teve um crescimento de 10% em cinco anos passando a operar com 18,5 milhões de passageiros em 2011 contra 16,7 milhões em 2006;
Todos Aeroportos no Brasil (67 controlados pela Infraero) tiveram um crescimento de 75% em cinco anos passando a operar com 179,4 milhões de passageiros em 2011 contra 102,1 milhões em 2006;
Esses dados demonstram uma grande preocupação, pois só no Terminal São Paulo (Cumbica, Congonhas, Viracopos) que hoje operam com 54, 2 milhões de passageiros (2011) contra 37,1 milhões em 2006, ou seja com crescimento de 46%.
Os dados projetados para daqui a 10 anos podem ser de 120 milhões de passageiros nesses 3 aeroportos e em 2027/2030 podem chegar a números assustadores de 180 milhões de passageiros.
Paralelo a tudo isso, mas totalmente interligado está o rentável transporte de carga que mesmo com a crise no exterior teve um aumento de 23% comparando dados de 2011 e 2006, No ano passado foram transportados 766.260 toneladas de cargas internacionais (importação e exportação) e 698.223 toneladas a nível nacional.
Os dois aeroportos de Cumbica e Viracopos detém uma grande parcela desse movimento. Anível de importação e exportação chegam a mais de 70% desse transporte.
Congonhas tem uma capacidade limite de 20 milhões de passageiros, Cumbica pode chegar a 60 milhões e, portanto, o AEROPORTO INTERNACIONAL DE CAMPINAS-SP (VIRACOPOS) é o nosso futuro.
Essa foi a minha "aposta"desde meu primeiro dia como Superintendente Regional Sudeste na Infraero em setembro de 2006.
Lamentavelmente, muitos tecnocratas dessa Empresa não conseguiam enxergar isso.
Registre-se que tudo isso só será possível com a expansão da ferrovia, em especial, da ligação por via de trem rápido (desnecessário pela distância se falar em trem bala) interligando todo o nosso sistema São Paulo/ Guarulhos com Campinas. Isso também tem que acontecer logo.
At. Edgard Brandão Jr.
Engenheiro Civil
Consultor em Administração Pública na Área de Transportes
Ex. Superintendente Regional do Sudeste INFRAERO
Ex. Assessor da Presidência da FEPASA-SA
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